Festa das Fogaceiras 2023
A Festa das Fogaceiras teve origem num voto ao Mártir S. Sebastião,
feito pelo povo da Terra de Santa Maria, numa altura em que a região
teria sido assolada por um surto de peste que dizimou parte da
população. Em troca de proteção, o povo prometeu, em cada dia 20 de
janeiro, uma procissão e a oferta de um pão doce e delgado, habituado a
ser confecionado para ocasiões especiais: a fogaça.
Esta devoção popular do culto a S. Sebastião recrudesceu na época
medieval, devido às catástrofes da altura, como aconteceu em 1505,
levando a que manifestações religiosas anteriores, como a festa do
Espírito Santo, promovida na época da rainha Santa Isabel, donatária do
Castelo da Feira, fossem convertidas no cerimonial da devoção ao Mártir,
sempre acompanhado pela fogaça, o pão doce distribuído pelos pobres,
dando continuidade à partilha comunitária e assistencial já vivida.
CANÇÃO DA FOGACEIRA
Música: Paulo de Sá
Letra: Carlos Morais
Data: 1942
I
Fogaceira linda e nova,
Deixa-me tirar a prova
Duma fogaça das tuas;
Vendendo-as assim a esmo,
São pedaços de ti mesmo
Que vendes por essas ruas!
II
Quando vais, ó fogaceira,
Vender fogaças à feira,
Vais tão cheiinha de graças
Que nos gestos e meneios
As fogaças lembram seios
E os seios lembram fogaças!
III
Tuas fogaças loirinhas
São certamente irmãzinhas
Das fogaças do teu peito;
Só assim, dessa maneira
Se compreende, ó fogaceira,
Que as vendas todas a eito!
(Estribilho:
Fogaceira minha,
Que linda que és
Com a chinelinha
Toda bordadinha
Na ponta dos pés;
Quando vais andando,
Tens o encantamento,
De rosas dançando,
De lírios bailando
Nas asas do vento!)
I
Fogaceira linda e nova,
Deixa-me tirar a prova
Duma fogaça das tuas;
Vendendo-as assim a esmo,
São pedaços de ti mesmo
Que vendes por essas ruas!
II
Quando vais, ó fogaceira,
Vender fogaças à feira,
Vais tão cheiinha de graças
Que nos gestos e meneios
As fogaças lembram seios
E os seios lembram fogaças!
III
Tuas fogaças loirinhas
São certamente irmãzinhas
Das fogaças do teu peito;
Só assim, dessa maneira
Se compreende, ó fogaceira,
Que as vendas todas !